LOCAL
Salvador-Bahia
SOBRE O EVENTO
sábado, 16 de agosto de 2014
Conhecida pelas ladeiras, curvas, enseadas e outros acidentes geográficos, Salvador é prontamente identificada como cidade do movimento. As festas populares fazem parte do seu calendário, momentos em que a música e a dança ocupam lugar central. Assim, Cidade da Dança é a definição legítima para uma cidade que dança o ano inteiro. Pensando nisso, será realizada entre os dias 16 e 23 de agosto a Oficina Nacional de Dança Contemporânea, com o objetivo de movimentar diversos espaços públicos de Salvador. Iniciada em 1980 na Universidade Federal da Bahia (UFBA), o projeto chega a sua 16ª edição após uma pausa de 17 anos. Criado para promover uma linguagem artística até então emergente no Brasil, hoje o evento se destaca ao trazer a dança contemporânea para as ruas. Integralmente gratuita, a programação irá movimentar 11 espaços públicos, por sete dias, com atividades que variam entre palestras, oficinas, espetáculos, performances e feira, entre outras. História Organizada pela Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Oficina Nacional de Dança Contemporânea se configurou como o primeiro evento a reunir profissionais de dança no Brasil. Iniciada em 1980, substituiu o Concurso Nacional de Dança Contemporânea (1977), mostra competitiva que durante três anos atraiu inscrições de todo o país. Abandonando o caráter competitivo, a Oficina aprofundou por 15 anos o intercâmbio entre coreógrafos, dançarinos, professores e estudiosos, por meio de mostra artística, cursos, seminários e debates. O evento se firmou devido ao pioneirismo e representatividade da Escola de Dança da UFBA, primeira escola brasileira de ensino superior da área. Criada em 1956, por décadas permaneceu como única a cumprir a função de formação profissional universitária. O Programa de Pós-graduação em Dança da mesma universidade também se revelou como o primeiro do Brasil e da América Latina. Ao seguir os preceitos da Escola, a Oficina Nacional de Dança Contemporânea se tornou a grande propulsora da dança experimental criada no país. Entre as estéticas que percorreram os palcos, estão a dança contemporânea, a dança moderna, a dança-teatro, danças de matrizes africanas, o contato-improvisação, o balé moderno, a dança de salão e dança de rua.